segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sonho ou realidade? [Parte 1]


A fria imensidão que me rodeava, estava dominada pelo silêncio. Caminhando sobre a grama molhada por gotículas cristalinas do anoitecer, escutava meus próprios passos, meus tênis roçando no tapete esverdeado, além de ouvir o som do profundo vazio, em um lugar tão complexo, entretanto, ao mesmo tempo tão simples e sereno. Ao passo que ia seguindo um caminho sem volta, o sono traiçoeiro tentava me dominar. Estava ficando cada vez mais difícil continuar sem rumo. Após uma intensa batalha que ocorreu dentro de mim, finalmente deixe-me ser invadida por meu inimigo, caindo num sono profundo, encostada a uma árvore úmida pelo sereno.

Iniciou-se a sessão de cinema. Após um período de cegueira, imagens começaram a aparecer. Parecia que eu estava na mesma floresta, na qual eu havia dormido, porém eu estava acompanhando o início da alvorada. Mais uma vez tornei a caminhar. Percebi a diferença entre meu antigo mundo e o que no momento eu estava. Tudo parecia bonito e iluminado, era normal, porém não era um ambiente que deixaria qualquer um sem ânimo ou que as faria começar a ter alucinações.

Fiquei imaginando se me depararia com um monstro gigante ou talvez com personagens de filmes de ficção ou coisas do gênero. Mas depois de tanto caminhar e ver que não havia nada além de plantas e um riacho, não havi nem sinal de animais ou mesmo pessoas, fiquei decepcionada. Mas ao menos estava soziha, não havia ninguém para me incomodar, nem dizer o que devia fazer ou não fazer ou que invés de ficar em cima de livros, deveria sair o tempo todo.

Continuei caminhando entre as árvores, sentindo meus pés andarem sobre um solo, do qual não sentia firmeza e que parecia que a qualquer momento eu afundaria. O tempo foi passando e minha agonia foi aumentando. Sem sinal de vida por onde passei. Parecia que eu estava dentro de um filme de terror. Senti meu estômago reclamar e meu corpo começar a fraquejar. Mesmo me sentindo exausta, não parei sequer um segundo de caminhar.

Pelo que deduzi já haviam se passado horas, pois na floresta já estava relativamente escuro e tudo estava numa intensa neblina, impedindo que eu conseguisse ter uma melhor visão, de onde eu estava.

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