segunda-feira, 26 de julho de 2010

Além dos meus olhos

Após morrera morte
O que será feito de mim?
Irei pairar pela terra
E amedrontar
Os que me afrontam?

Nenhuma luz
Nem sequer expectativa
Sem saber
O que me espera
No desconhecido

Indo além do mar
Sem fronteiras
Que nunca conheci
Nada além do que vejo
Apenas poeira

Uma doce voz
Foi captada
Por meus doentes ouvidos
Não enxergava quem falava
Porém a escutava com atenção

Será que nesse alguém
Apenas há lastima
De um pobre condenado?
Sendo proposital
Ou um ser caridoso?

Seus traços me guiaram
Sobre a intensa escuridão
Que como um velho coitado
Nem sequer sabia
Onde estava

Sua voz me acalmou
E assim pude
Descansar em meu leito
Sem temer o que não conheço
Com a volta do manto negro

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