segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sonho ou realidade? [Parte 2]


Em um determinado momento, desisti de tentar enxergar com clareza, portanto encostei em uma árvore que estava próxima, já que estava muito cansada. Nesse exato momento vi um vulto negro passando rapidamente por mim. Meus sentidos se alarmaram e o pânico me invadiu. Ouvi o uivo de lobos, ecoando dentro da floresta. Em uma fração de segundos, meu corpo foi puxado com violência para mais perto da árvore. Eu estava sendo impedida de me mover, pois estava acorrentada por algo que não consegui definir. Cada vez mais ficava mais difícil respirar e devido a isso, não tinha força para me libertar das correntes que me sufocavam. À medida que meu ar escapava, a escuridão me inundava. Quando pensei que o caminho entre os espinhos estava à minha espera, me senti sendo atirada de forma brusca no chão. Um fraco suspiro de alívio foi solto por meu corpo, que no momento estava um tanto debilitado. Com as mãos encostadas na terra úmida, senti um intenso frio que passou a me dominar.

Ainda com os olhos fechados, ouvi o som de passos cautelosos e uma respiração ruidosa. Logo um silêncio intenso pairou, porém por poucos segundos. Ao erguer minha cabeça e abrir meus olhos, que naquele momento lacrimejavam, devido a dor, vi a imagem embaçada de algo que estava à minha frente. Quando consegui enxergar de forma nítida, tornei a ficar imóvel. O sangue em minha veias havia parado de circular e o ar passou a escapar. Haviam três lobos enormes, com seus amedrontadores dentes e olhos avermelhados. Conseguia sentir suas respirações próximas a mim e talvez tinha decifrado, com um rápido raciocínio, o que estava escrito em seus olhos. Logo, o calor voltou ao meu corpo, portanto levantei-me rapidamente e passei a correr, mesmo estando debilitada.

Como havia imaginado, os lobos estavam atrás de mim, correndo com uma veloz rajada de vento. Mesmo tentando me concentrar para ver aonde eu estava indo, não consegui, pois meus pensamentos se dispersaram, me fazendo voltar a frustrantes acontecimentos. Parecia que era proposital. Havia algo ou alguém que estava fazendo isso comigo. Essa tortura não parava, até que senti algo que me segurou e fez meu coração se descontrolar. Em um segundo, quando vi, estava no ar, em cima de um rio obscuro, do qual estava prestes a cair.   

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