Imaginei tudo ao meu redor com cores diferentes das quais se mostravam. Meus olhos provocaram uma ilusão à minha frente, que ao mesmo tempo era real. As árvores não eram mais verde e marrom. Estavam com uma cor rosada, fazendo-me lembrar de um enorme algodão doce. O asfalto se encontrava em um tom azulado e ao andar nele, parecia que havia água abaixo de seus pés. Dos prédios dançarinos como gelatinas, surgia lindas borboletas amareladas com pequenas manchas vermelhas. Fiquei abobalhada com a imagem que havia se formado diante de meus olhos. Parecia uma pintura, porém real e com minha presença.
Esfreguei meus olhos. Deixei-os contemplando por poucos segundos a escuridão. No entanto, logo os abri e soltei um suspiro. Não sei dizer se foi de decepção ou alívio. Tudo voltou a normalidade de uma tarde de outono. Senti uma brisa fresca, me envolvendo de uma forma contagiante. O fraco brilho do sol iluminava a cidade, mostrando sua intensa beleza, que não precisava ser mostrada como uma ilusão. O seu natural era de uma beleza incomparável com a pintura formada por meus olhos.
reluzente
ResponderExcluiro olhar das cores
que estão ao redor
o tempo todo.
É só querer sugá-las e vivê-las.
Parabéns!
mais um belo texto.