tag:blogger.com,1999:blog-12863421973436777202024-03-13T17:00:59.314-03:00Delay to replyNem sempre algo faz sentido.Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-55969643821524877502011-11-26T00:12:00.000-02:002011-11-26T00:12:43.813-02:00Filme: Sem Limites<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtilNs5lNi7Euh0tab3B_BP29XhKep09UDTZEZTxPHLiLLB-qbeMamDeB2z-9SLL1w0tQHNpShjrixy_L0SSKeaqnUNws4PBFcwvyKPcCZplZMS36dhP0Imx5HuYKv2DvBq0PkZdFOw90/s1600/Baixar-Filme-Sem-Limites-DVDRip-Dublado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtilNs5lNi7Euh0tab3B_BP29XhKep09UDTZEZTxPHLiLLB-qbeMamDeB2z-9SLL1w0tQHNpShjrixy_L0SSKeaqnUNws4PBFcwvyKPcCZplZMS36dhP0Imx5HuYKv2DvBq0PkZdFOw90/s320/Baixar-Filme-Sem-Limites-DVDRip-Dublado.jpg" width="228" /></a></div>
<b> </b><br />
<b>Título original:</b> (Limitless)<br />
<b>Lançamento:</b> 2011 (EUA)<br />
<b>Direção:</b> Neil Burger <br />
<b>Atores:</b>Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, Johnny Whitworth.<br />
<b>Duração:</b> 105 min<br />
<b>Gênero:</b> Suspense<br />
<br />
<b>Descrição: </b>Eddie Morra (Bradley Cooper) é um escritor que está passando por um momento de bloqueio de criatividade. Em um dia acaba se encontrando com o seu ex-cunhado Vernon (Johnny Whitworth), que lhe apresenta um comprimido. Este permite que se utilize a capacidade total do cérebro. Logo que Eddie o ingere repara nos efeitos extraordinários, como, por exemplo, o fato de passar a escrever de modo muito rápido. No dia seguinte, percebe que para se manter com a genialidade que adquiriu ele precisa ingeri-lo todos os dias. Com o decorrer do tempo, inúmeras mudanças vão ocorrendo em sua vida e acabam o levando para o mundo dos negócios, onde ele passa a conhecer um grande empresário Carl Van Loon (Robert De Niro), o qual recebe a sua ajuda para a realização de uma enorme transação. <br />
<br />
<b>Minha opinião: </b>Sem Limites é um filme de ótima qualidade, que prende
a atenção do início ao fim. Apresenta uma história muito interessante, contada
de uma forma bem estruturada e com alto grau de dinamismo. Além disso, permite
que você entre em um universo diferente, carregado de possibilidades.Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-49837721874107487402011-11-24T23:45:00.000-02:002011-11-24T23:45:29.341-02:00Compromisso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDZ4X7lykcSobqRimLVieSihl4BtCJhT5UNXmuQ8wNQFRfGtdaCzAjxbOlhaCCFhbYEX7gQ31lUswBehBJ77YdOXfntQvJmLlL3WU-LsY5xsmCZyAkdquHeRtHA1jH2vwEeIkukzf6aH0/s1600/zJ6qOxXKjp2exrrl9roQm053o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDZ4X7lykcSobqRimLVieSihl4BtCJhT5UNXmuQ8wNQFRfGtdaCzAjxbOlhaCCFhbYEX7gQ31lUswBehBJ77YdOXfntQvJmLlL3WU-LsY5xsmCZyAkdquHeRtHA1jH2vwEeIkukzf6aH0/s320/zJ6qOxXKjp2exrrl9roQm053o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Percorri um longo caminho e ainda tinha que andar um pouco mais. Uma vontade imensa de desistir e apenas me jogar no chão e descansar, pairava ao meu redor, se mostrando como uma opção tentadora. No entanto, não havia mais volta. Eu tinha que continuar, e sem usar magia. <br />
Meus olhos observaram as ruas mal iluminadas, procurando por uma determinada loja. Logo que a encontrei corri para o seu interior.<br />
- Minha cara, já estamos fechando a loja. - disse um homem robusto.<br />
- Por favor, me dê apenas alguns minutos. - pedi, estando ofegante.<br />
- Tudo bem. Mas ande logo. - balançou a cabeça de modo impaciente.<br />
Já sabia exatamente o que eu precisava. Peguei um certo pacote e me encaminhei para o caixa. Ao pisar na calçada decidi que o uso de magia era necessário no momento, meus pulmões não aguentariam mais uma interminável caminhada. Sabia que eu seria repreendida pelos meus pais, porém eu não tinha escolha. Aliás, eu poderia tomar certo cuidado e quem sabe ninguém descobriria nada. Porém, parecia que meus pais sentiam o cheiro de magia por mais que este estivesse sendo carregado para as mais altas montanhas.<br />
Pronunciei algumas palavras e fiz um gesto com as mãos. Logo já estava em frente a minha casa. Finalmente eu não chegaria atrasada em um compromisso de extrema importância. Não queria nem pensar o que aconteceria comigo se eu chegasse tarde demais. Abri a porta, caminhei até a sala e então me deparei com centenas de pessoas. Coloquei o meu capuz, e em seguida passei a procurar por alguém em específico.<br />
- Oi, mãe. - disse timidamente.<br />
- Por acaso você andou usando magia? - estreitou os olhos.<br />
- Ah... não. - menti, mesmo sabendo que não adiantaria nada.<br />
Jogou um olhar de incredulidade sobre mim. <br />
- Conversaremos sobre isso amanhã.<br />
Respirei fundo e disse: <br />
- Mãe... Isso é para você. - entreguei o pacote, que continha uma varinha mágica. - Feliz dia dos feiticeiros!<br />
- Muito obrigada, minha querida! - mostrou um belo sorriso. - Agora vamos comemorar! <br />
Apesar do cansaço, eu jamais recusaria uma festa. Ainda mais uma comemoração entre feiticeiros.Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-92045246576031009032011-08-03T12:04:00.005-03:002011-11-04T14:07:24.251-02:00Histórias Envenenadas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" style="color: black; font-family: "Courier New",Courier,monospace; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 16pt;">LIVRO
RESGATA ORIGEM MACABRA DOS CONTOS DE FADAS</span></div>
<div align="center" style="color: black; font-family: "Courier New",Courier,monospace; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black;">
<b><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span></b></div>
<div align="center" style="color: black; font-family: "Courier New",Courier,monospace; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: small;"><b><i>Histórias
Envenenadas - Contos de Fadas de Terror, </i></b></span></div>
<div align="center" style="color: black; font-family: "Courier New",Courier,monospace; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: small;"><b><i>escrito
por autores em início de carreira, será lançado em agosto</i></b></span></div>
<div align="center" style="color: orange; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Conhecemos
contos de fadas como histórias cheias de magia e fantasia que costumamos contar
para crianças. O que muitos não sabem é que eles foram concebidos como
entretenimento para adultos e que, em sua forma original, traziam fortes doses
de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Com o tempo, diversos
autores os suavizaram e acrescentaram lições de moral. </div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em <a href="http://www.deborajeronymo.hdfree.com.br/" style="color: black;"><b><i>Histórias Envenenadas</i></b></a>, escritores contemporâneos resgataram todo o horror dos
contos de fadas originais em releituras de histórias tradicionais ou novos
enredos, que não farão nenhuma criança dormir, mas certamente farão você perder
o sono.</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Os
escritores Chico Anes e Ricardo Ragazzo, organizadores do livro, analisaram
mais de cem contos para chegar nos trinta textos que compõem o livro, que será
lançado no próximo dia 06 de agosto, quando a Andross Editora completará sete anos.</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A
casa editorial é especializada na publicação de coletâneas de novos escritores.
Surgiu em 2004, dentro dos corredores da Universidade Cruzeiro do Sul, em São
Paulo, como uma necessidade de publicar textos dos alunos do curso de Letras. A
experiência deu tão certo que logo atravessou os muros da instituição e passou
a publicar textos de outros escritores que não acadêmicos da universidade. De
lá para cá, publicou sessenta livros, com mais de mil autores de todos os
estados brasileiros e de vários países de todos os continentes. </div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Além
do <b><i>Histórias Envenenadas - Contos de Fadas de Terror</i></b>, outros
quatro livros serão lançados no evento. São eles:<br />
<br />
·<span style="-moz-font-feature-settings: normal; -moz-font-language-override: normal; font-size-adjust: none; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span>Moedas para o Barqueiro - Contos sobre a Morte -
Volume II </div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.45pt;">
·<span style="-moz-font-feature-settings: normal; -moz-font-language-override: normal; font-size-adjust: none; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span>Próxima Estação - Contos de trem, metrô e outros
transportes urbanos.</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.45pt;">
·<span style="-moz-font-feature-settings: normal; -moz-font-language-override: normal; font-size-adjust: none; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span>Universo Paulistano - Contos de uma cidade que
nunca dorme - Vol. III </div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.45pt;">
·<span style="-moz-font-feature-settings: normal; -moz-font-language-override: normal; font-size-adjust: none; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span>Elas Escrevem - Contos e Crônicas - Volume II</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No
evento, o público poderá adquirir outros títulos da editora ao preço
promocional de aniversário de R$ 4,90.</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b>Lançamento do livro <i>Histórias Envenenadas -
Contos de Fadas de Terror</i> e
aniversário da Andross Editora</b> (Entrada grátis)</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b>Data:</b> 06/08/2011, das 15h às 20h</div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b>Local: </b>China Trade Center- Rua Pamplona, 518, São Paulo,
SP (Próximo à estação Trianon Masp do metrô)</div>
</div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-15488842040646900052011-03-08T22:21:00.000-03:002011-03-08T22:21:23.859-03:00Ilusão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KRxpCkRtTWQYphu9tmtc20y55aSq4tqH0ulusieEwZndovSgE6qt6vjur7KTqzc8tjfZmLqATM-piQ56q3Fzuarjgf4wPvQZCuVgxKV39VZqPkGkYHgGJ2vziZhxt4H1VEDR01rBAQc/s1600/88_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KRxpCkRtTWQYphu9tmtc20y55aSq4tqH0ulusieEwZndovSgE6qt6vjur7KTqzc8tjfZmLqATM-piQ56q3Fzuarjgf4wPvQZCuVgxKV39VZqPkGkYHgGJ2vziZhxt4H1VEDR01rBAQc/s320/88_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
O sibilar se desdobrava à medida que minha boca se movia. Referia-se a uma doce melodia que eu havia aprendido quando os pensamentos infantis ainda preenchiam meus traços de garoto. No entanto, em meio a uma longa avenida nada além de pneus roçando no asfalto e ligeiras palavras derramadas se podia ouvir. Com o passar do tempo o som produzido por mim enquanto eu caminhava estava se tornando cada vez mais quase inaldível. Rapidamente minha memória percorreu por movimentos humanos que dançavam de uma forma, a qual meu sonho era aprender dominá-la. <br />
De modo repentino um vulto obscuro passou em meio a multidão de pessoas. Ignorei o ocorrido e segui em direção à estação de metrô que se encontrava repleta de rostos desconhecidos que apresentavam sinais de exaustão. Enquanto meu corpo sentia o balançar provocado pelo rápido movimento do comprido meio de transporte, meus olhos passavam por todos que estavam por perto. Fiquei surpreso ao perceber que o local se encontrava quase vazio. Aos poucos me dei conta de que minha visão havia se tornado mais opaca. Logo passei a imergir na escuridão por alguns minutos. Ao abrir os olhos, havia apenas um traço de luz: uma chama azulada ao fundo do metrô. Caminhei em sua direção e ao sentir o calor tocar a minha pele, uma sensação de desconforto invadiu-me. A chama apagou e todas as luzes do local tornaram a acender. <br />
A velocidade do meio de transporte aumentou bruscamente, jogando-me com força para trás. Após a demora para me levantar e encontrar algo em que eu pudesse me segurar, de alguma forma me recordei do meu pai, que sempre trabalhava de modo excessivo e nunca tinha tempo para ficar ciente de um de meus grandes sonhos. Apenas minha mãe estava informada sobre isso. Meus pensamentos foram cortados de imediato. O movimento havia cessado e mais uma vez meu corpo deu de encontro com paredes gélidas, que me fizeram estremecer. Ao reparar que as portas haviam sido abertas, não pensei duas vezes. Logo me senti aliviado quando meus pés sentiram a firmeza de um chão. Dei alguns passos pela calçada ao lado do metrô, até que a luz deixou-me. Ouvi passos ligeiros se aproximando. Mesmo não enxergando nada, sai em disparada. Como resultado cai aos tropeços.<br />
Eu não conseguia compreender o que estava acontecendo. O medo passou a me provocar certo incômodo. A chama azulada apareceu iluminando o lugar. Sem hesitar meus pés se moveram até essa fonte de luz. Ao tocá-la, como era de se esperar a palma de minha mão sentiu um quente ardor.<br />
- O que está acontecendo? - gritei com grande irritação.<br />
Inesperadamente, em meio ao azul imagens começaram a passar como um filme. Havia meu pai com olhos concentrados sobre o computador, logo depois estes se dirigiram a mim. Novamente tudo foi mergulhado em meio ao escuro. Porém, após alguns segundos, faíscas saíram dos trilhos do trem. Meus ouvidos captaram o som de dezenas de passos. Luzes de incontáveis cores surgiram, mostrando traços humanos dançando de forma realmente bela.<br />
- Olá, meu filho! - meu pai surgiu com sua habitual roupa de trabalho, mostrando um enorme sorriso.<br />
Finalmente as pessoas que ali se encontravam se revelaram de forma sincronizada. Fiquei realmente surpreso.<br />
- Eu estava observando o pessoal repassar as coreografias para nossa apresentação de sexta-feira. - ele se explicou.<br />
Não consegui pronunciar nenhuma palavra.<br />
Eu não sabia que meu pai cuidava de ensaios para que aqueles dançarinos se apresentassem. Minha mente ficou completamente confusa. De algum modo nada daquilo fazia sentido, ao menos para mim.<br />
- Não estou entendendo o que está acontecendo. - as palavras finalmente saíram.<br />
O homem que ficava ao meu lado poucas vezes, caminhou até chegar bem próximo a mim e deu um leve tapinha no meu ombro com um sorriso de amor paterno, e disse:<br />
- Espero que você não chegue tão tarde em casa.<br />
Ao coçar fortemente os olhos e logo em seguida permitir que fossem abertos, levei um gigantesco choque. Tudo parecia normal. Havia inúmeras pessoas circulando pela estação. Algumas entraram no metrô e outras conversavam umas com as outras. O local se encontrava bem iluminado e sem nenhum traço de luzes coloridas ou daqueles dançarinos ou de meu pai.<br />
<em>Será que eu estou ficando louco? Será que tudo foi apenas uma ilusão? ... Uma ilusão? </em><br />
</div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-63809622019334729702011-02-18T23:40:00.000-02:002011-02-18T23:40:18.493-02:00Viaje agradable?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMo2DQcSVGD8492_MAxLQ5Od6y051s-OFTiQfWqoku3CPriA59MfheJjlzgfQlsneCgNXElUpMTOLwLvpH0uYJdDPw_1tibKdEGeiLdc77DCKbbabFoibiXs_PAwrFD8z-b8ibVVzNj00/s1600/tumblr_lb50epoFYA1qa2txho1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMo2DQcSVGD8492_MAxLQ5Od6y051s-OFTiQfWqoku3CPriA59MfheJjlzgfQlsneCgNXElUpMTOLwLvpH0uYJdDPw_1tibKdEGeiLdc77DCKbbabFoibiXs_PAwrFD8z-b8ibVVzNj00/s320/tumblr_lb50epoFYA1qa2txho1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Cuando niña viajaba mucho con mi familia. Uno de los viajes fue cuando nosotros fuimos a "Rio Grande del Sul", que tiene varios lugares increíbles para visitar. Nos quedamos en la casa de una amiga de mis padres, que quedaba en una ciudad llamada "Caxias del Sul", que me recordaba a las cajas de dulces. Paseamos por lugares muy buenos con unos amigos de mis padres y también conocí a algunos familiares, que yo no sabía que vivian allá.<br />
Despues de pasar algunos días, fuimos a conocer otras ciudades, que no estaban tan lejos. En el camino nuestro coche paró y tuvimos que esperar unas 3 horas para que alguién viniese a arreglarlo. Fue muy desagradable y nosotros nos quedamos muy cansados. Llevaron nuestro coche para una ciudad que quedaba próxima de dónde estábamos, entonces fuimos junto y pasamos la noche en un hotel.<br />
En el medio de la noche cuando estábamos durmiendo escuchamos gritos, entónces salimos para ver lo que habia ocurido. Cuando salimos vimos dos personas "saltitando" en el corredor y diciendo "Araña, araña. Sálvame, sálvame." Me puse a reír mucho, porque fue una escena muy cómica, pero después me quedé un poco asustada, ya que no me gustan las arañas.<br />
Al día seguiente, nuestro coche ya estaba arreglado, entónces continuamos el viaje. Pero en el medio de la corretera apareció un animal. Por poco no pasamos por arriba de ello. Despues de esta casi tragedia quedamos más asustados, mismo así continuamos el viaje, pero yo estaba pidiendo "mentalmente" para ir para casa. Al final aprovechamos mucho. Fue uno de los mejores y más extraños viajes de mi vida. </div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-9906689000592249192011-02-03T19:59:00.002-02:002011-02-03T20:12:09.261-02:00Entre correntes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwJb519Ott-04fWOrzilNASSukFnguOcbKjnYBkp1ZUhPRk9HSVgIyPdbunSBdPyRujvpeH1csjMQPw_hlI1vVD8rC_74FfGa7pa-Isr0sWAgNr2vQS5fDVbbT7lMqn3xHoy4zpyfuS8Y/s1600/tumblr_lf5jxjPgPX1qg56nro1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwJb519Ott-04fWOrzilNASSukFnguOcbKjnYBkp1ZUhPRk9HSVgIyPdbunSBdPyRujvpeH1csjMQPw_hlI1vVD8rC_74FfGa7pa-Isr0sWAgNr2vQS5fDVbbT7lMqn3xHoy4zpyfuS8Y/s320/tumblr_lf5jxjPgPX1qg56nro1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
A cada passo que dou, ouço o doce vozear da brisa, que me liberta por alguns instantes. Minhas palpitações aceleram e meu olhar enxerga além das barreiras. Meus sentidos me mostram o quão bom é recordar de minha própria maneira de ser. O medo me encoraja. Sei que posso simplesmente agir de modo um tanto tolo, sem me importar. Posso me observar no espelho e fazer as caretas que me representam. Me permito cantar em alto e bom tom para alegrar minha alma. Muitas vezes não há como os ouvidos alheios compreenderem minhas frases. No entanto, sei que elas fazem parte de mim e meus olhos conseguem decifrá-las. <br />
Quando a brisa parte para abraçar outros locais, nos quais muitos apreciam sua chegada, retorno à prisão de meu interior. O espaço se torna menor e as correntes me agarram com tamanha força. Entretanto, a cada brilho que surge nas estrelas e ilumina a escura imensidão, a cada suspiro, diálogos, novos caminhos, palavras escritas e canções, o que me aprisiona vai sendo carregado para uma passagem esquecida. Não sei por mais quantos minutos estarei entre as correntes, que estão sendo quebradas pelos sopros do dia. Apenas abro um sorriso e meus pensamentos mergulham nas palavras de<em> Charles Chaplin:</em><br />
<div class="fr"><em>"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."</em></div></div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-57962270322636571262011-01-27T20:12:00.000-02:002011-01-27T20:12:49.007-02:00Música é vida<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggVxBLi6xI3BgDGpcOte1jguHUfU5cXGYWrl83v45cDfzLunGiR-oBKPfVbDpl3ZBqmD_HxPRumcJaABRRvmbBmFLI233sULCjZmMYOCIhGTBpJlTBkwWlWZYiMdgyEfvr8fZPIhnLibk/s1600/tumblr_lfnb75KaKn1qgt3bwo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggVxBLi6xI3BgDGpcOte1jguHUfU5cXGYWrl83v45cDfzLunGiR-oBKPfVbDpl3ZBqmD_HxPRumcJaABRRvmbBmFLI233sULCjZmMYOCIhGTBpJlTBkwWlWZYiMdgyEfvr8fZPIhnLibk/s320/tumblr_lfnb75KaKn1qgt3bwo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Músicas antigas sempre me agradaram. No entanto, meu conhecimento sobre estas era limitado. Quando o tempo livre esteve mais ao meu alcance, me permiti mergulhar em décadas de momentos musicais.<br />
Alguns cantores e gupos, além de terem ótimas letras, também possuíam um ritmo envolvente. Acredito que não é difícil comparar artistas do passado com os atuais. Uma vez me disseram que a <em>Kesha</em> lembrava um pouco da cantora <em>Tina Turner</em>. Talvez devido a maneira animada de serem. Porém há algumas diferenças entre elas. <em>Kesha</em> procura usar detalhes com aspectos que recordem do mundo animal, enquanto a <em>Tina</em> lhe agrada o brilho.<br />
Durante vários dias realizei uma verdadeira viagem no tempo. Meus pensamentos se direcionaram ao mundo da música ao qual muitas pessoas de talento pertencem. Me apaixonei por <em>David Bowie</em> e <em>John Fogerty</em>. O grupo <em>Queen</em> me faz sentir uma enorme emoção quando meus ouvidos captam a incomparável voz de Freddie Mercury. <em>The Beatles</em> me inspiram e fazem com que involuntariamente as palavras escapem de minha boca acompanhando as letras musicais. Meus pés procuram acompanhar os encantadores passos de dança de <em>Michael Jackson</em>, mesmo sabendo que apenas o considerado rei do pop poderá realizá-los com perfeição. O doce som de <em>Kenny Rogers</em> em determinados momentos instigam meus pensamentos a se recordarem de belas histórias de romance.<br />
Ainda há incontáveis músicas que desejo ouvir, percorrendo desde as mais serenas às mais agitadas que até mesmo podem ser consideradas um tanto <em>forte</em> por alguns. Pretendo me aventurar um pouco mais nessa estrada repleta de emoções e inovações que marcaram o mundo. </div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-38274480174753929772011-01-21T18:02:00.003-02:002011-01-21T18:12:15.624-02:00A emoção de uma história<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXpkr1QlRkUNuGGtYkveVuY27OOGZXXYjaQd5sKOSWvXALiZl0t9In6CrZYeZr7bDYWpw81eA_jaIlDeJ1_8GT0W1uLr936sb5gRhrERCXqQG0TBhVRqJQpR9t9PrMIx0V7Ka8doQ7IGA/s1600/Filme-A-Morte-E-Vida-De-Charlie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXpkr1QlRkUNuGGtYkveVuY27OOGZXXYjaQd5sKOSWvXALiZl0t9In6CrZYeZr7bDYWpw81eA_jaIlDeJ1_8GT0W1uLr936sb5gRhrERCXqQG0TBhVRqJQpR9t9PrMIx0V7Ka8doQ7IGA/s320/Filme-A-Morte-E-Vida-De-Charlie.jpg" width="192" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Essa semana meus passos me guiaram junto aos de minha mãe para assistir algum filme no cinema. O qual queríamos ver, já havia tido seus ingressos esgotados. Como meus olhos percorreram por várias propagandas em diferentes locais, que se tratavam de uma história cinematográfica, mostrei uma opção à minha mãe que foi aceita. <br />
Entramos na sala do cinema para ver <em>A morte e vida de Charlie</em>, dirigido por Burr Steers. Tenho que admitir que a princípio não acreditava que o filme me agradaria muito. No entanto, resolvi não deixar meus pensamentos rolaram com julgamentos que possivelmente poderiam ser injustos. <br />
Me emocionei muito com a história. O drama foi bem elaborado e provocante. Há alguns detalhes que levaram-me a ficar surpresa. <br />
É mostrado algo que tenho certeza que há pessoas que já passaram: a perda de alguém, pelo qual se tem muito carinho. Também se trata da questão do apego. Muitas vezes quando uma pessoa especial para nós parte, queremos estar ao seu lado de alguma forma. No caso de Charlie, o personagem principal do filme, quando perde o irmão mais novo em um acidente de carro, no qual ele se encontrava presentes, desiste de seus sonhos e passa a trabalhar no cemitério de sua cidade para estar mais perto de seu irmão, que era visto por seus olhos mesmo após ter encontrado a morte. Há reencontros que despertam diversas emoções, olhares que se tornam romance e lições de vida. Realmente cativa a atenção. <br />
Apesar de o final ser previsível, o considei muito bonito. Afinal em uma história onde há perdas, seguidas de uma marca de dor e saudade, nada melhor do que um agradável término, abrindo caminho para que haja esperança envolvida no amor. </div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-1312370001268446962010-12-23T21:48:00.001-02:002010-12-23T22:31:07.650-02:00Fim do dia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRypg1zX2_qQZ6XS7oK2qCHCJrKZJR8CXMnHb2yuv81vEQxJhMPIUQa62jxF3J_ioFTx8XFixgLV5ozttuBz2evePP1WG8SqIDJEe5Bio0xyVnknvNJeg-Fe4G2iKwst0zQUObtHqkZd0/s1600/1021576.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRypg1zX2_qQZ6XS7oK2qCHCJrKZJR8CXMnHb2yuv81vEQxJhMPIUQa62jxF3J_ioFTx8XFixgLV5ozttuBz2evePP1WG8SqIDJEe5Bio0xyVnknvNJeg-Fe4G2iKwst0zQUObtHqkZd0/s320/1021576.jpg" width="320" /></a></div><br />
Eu estava exausta. Tive um longo e cansativo dia de trabalho. A única coisa que eu mais queria era chegar em casa e cair num sono tranquilo. Durante parte de minha tarde ouvi minhas colegas caçoando de mim por eu ser a mais nova. Pessoas não pararam de me dar ordens. Meus pés caminharam de um lado para o outro, às vezes quase sem interrupição. Porém eu precisava do trabalho. Além disso, ainda tive que dar de cara com a má sorte. Com passos descuidos acabei pisando em algo desagradável na calçada, recebi um <em>presentinho</em> de um pombo e ainda tentaram me roubar quando eu me encontrava na estação de trem.<br />
Por fim, decidi passar em uma praça para esfriar a cabeça, antes de ir para casa. Já não tinha mais esperançaas de ao menos ter o término do dia com algo que pudesse me fazer esquecer dos acontecimentos trazidos pela minha falta de sorte.<br />
Houve um momento em que me deparei com uma linda boneca, que se encontrava no chão. Não hesitei em pegá-la. Com isso, continuei caminhando, tentando imaginar que havia uma garotinha que deveria estar procurando pela boneca. Ao longe ouvi um choro, que me chamou a atenção. Dando passos um pouco rápidos encontrei uma criança agarrada a perna de uma mulher, que deduzi ser sua mãe. De alguma forma, percebi que eu sabia o motivo daquela tristeza. Agachei-me. A mulher tornou-se alerta, porém mostrei a boneca para ela, que me permitiu seguir em frente.<br />
- Por acaso essa boneca é sua? - perguntei em um doce tom.<br />
Seu olhar voltou-se para mim. Seus olhos brilharam e logo pude ver em seu rostinho, um sorriso tão belo que me encheu de alegria. <br />
<em>Afinal, meu dia não foi tão ruim.</em> <br />
Voltei para casa, também com um grande entusiasmo.Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-17687599387595317692010-09-06T14:48:00.003-03:002010-09-06T14:54:47.783-03:00Mundo sem tempo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjzNcyFzulFOLAddrkgAgYbcUJSUScWsnSF_V5Cn7hIhUA00KUZbZHJaSGP6APrX-rJF-HcJjvg8mrkKlJJrD-UBrNoE1Ao-J8LVKxFh6f7ZwZan7BMwYVjn__Wqmc-qXtJbe0ZwDeW18/s1600/old_clocks.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjzNcyFzulFOLAddrkgAgYbcUJSUScWsnSF_V5Cn7hIhUA00KUZbZHJaSGP6APrX-rJF-HcJjvg8mrkKlJJrD-UBrNoE1Ao-J8LVKxFh6f7ZwZan7BMwYVjn__Wqmc-qXtJbe0ZwDeW18/s320/old_clocks.jpg" width="256" /></a></div><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Caminhando com passos curtos, passei pela pequena e quase deserta vila, que atraia os olhos dos tolos. Sua aparência rústica em meio à modernidade, chamava a atenção, principalmente durante à noite, que era quando mostrava sua face animadora, que <em>parecia</em> ser a verdadeira.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Durante o dia mostrava-se quieta, aparentando não ter nenhuma alma viva. Apenas podia-se ouvir o som de um pequeno gato, com as listras de uma zebra, que sempre pedia atenção, procurando receber algum carinho de alguém que por milagre tivesse um tempo livre. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Nessa cidade quase não há pessoas, que tenham ao menos alguns minutos livres, todos os dias. Talvez não seja à toa, que ela se chama <em>Anti-free</em>. Para mim esse nome fazia muito sentido, entretanto para a grande maioria, isso não possuía significado algum. Considerava todos uns fantoches do mundo. Sentia-me uma sortuda por não precisar compartilhar o <em>meu</em> <em>mundo verdadeiro</em>. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Meus pés levaram-me para minha pequena casa, que se encontrava um tanto afastada da cidade. Nela me sentia confortável e os sons da modernidade eram quase inaldíveis. Sentada em uma deselegante poltrana esverdeada, eu esperava uma visita, que ao ver já estava atrasada fazia uma semana. Não sentia pena dessa visita, já que meu coração era mais bondoso que o de minha mãe, que já teria ido a procura de <em>sua </em>visita e lhe teria arrancado sua <em>cabeça insignificante</em>, como minha própria mãe dizia. Dava graças, por ela não estar mais morando junto a mim. Com minha insistência, me deixou vir para esse mundo sozinha, enquanto ela teve que permanecer no mundo, em que vivi durante mais de cinquenta anos. Apesar de não me sentir muito à vontade nesse mundo sem tempo, ao menos parecia uma garota de dezesseis anos. Isso me agradava muito, fazendo-me abrir um meigo e tímido sorriso, disfarçando meus objetivos com essa beleza adolescente. </span><br />
<em><span style="font-family: Arial;">Dim-dom. </span></em><br />
<span style="font-family: Arial;">Levantei-me, indo abrir a porta para minha visita.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Olá, minha querida! </span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Oi, tia. - disse com maior desânimo, que estivesse ao meu alcance, tentando não mostrar minha desconfiança.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Seus olhos se estreitaram, porém logo relaxaram.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Como está sendo sua vida aqui?</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Boa. Mas não há muito o que fazer.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Por que você não volta para casa?</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Ainda tenho algumas obrigações a cumprir aqui.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Entendo.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">À noite, a deixei dormindo em um dos quartos de hóspedes. Troquei de roupa e tentei sair, sem que eu a acordasse. Ao girar a maçaneta, percebi que estava como uma pedra e de forma esperada, sua elevada temperatura queimou minha mão. Já desconfiava que meu plano não daria certo.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Aonde você pensa que vai... Filha? - minha mãe apareceu no último degrau de minha escada de madeira.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Mãe. Você não sabe nem disfarçar. Continua sendo uma péssima atriz. Achou que eu não ia perceber? - perguntei com um intenso sarcasmo.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Corta! Está perfeito. - disse um homem, que estava segurando uma câmera, em uma das janelas da sala.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Uma expressão de profunda incredulidade dominou-me.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Te peguei. - disse minha mãe, entre risos medonhos. - Achou que dessa vez <em>você</em> iria me pegar?</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Não acreditei no que vi. Fui enganada por minha própria mãe. Pensei que como sempre, ela iria tentar me levar de volta ao <em>nosso </em>mundo, mas fui completamente enganada. Sem lutas, sem absolutamente nada. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Minha querida, achei o quarto muito confortável. Você não se sentirá mais sozinha. Não é mesmo, senhor Gad? - seus olhos caíram para o homem com a câmera, que em poucos segundos, se transformou no gato com listras de zebra.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Pensei comigo mesma: <em>pobre gato sem tempo.</em></span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-53362938559805310302010-08-25T20:49:00.002-03:002010-08-25T20:54:02.689-03:00Café da manhã<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn6unAx2e2gf9RybnZH35_oOFsUjXfbFWRcZGpqV3gPlYxmb2LSG9MbXZcFodSDVGntl6iMLRwyTINsWab1ODrsXV6Zy291LYHySM7memQy6aZB9LoMu12Lm7nIT2N7D3Mt1nYLzZJsc0/s1600/caf%25C3%25A91.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn6unAx2e2gf9RybnZH35_oOFsUjXfbFWRcZGpqV3gPlYxmb2LSG9MbXZcFodSDVGntl6iMLRwyTINsWab1ODrsXV6Zy291LYHySM7memQy6aZB9LoMu12Lm7nIT2N7D3Mt1nYLzZJsc0/s320/caf%25C3%25A91.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje presenciei um pequeno acidente no café da manhã. </span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Levantei ainda com sono e com uma extrema vontade de voltar para a minha cama. O engraçado é que mesmo estando cansada, antes do despertador tocar, eu já estava acordada. Com isso, acabei lembrando de muitos amigos meus, que sempre dormem durante as aulas, pois dormem tarde, porque querem, ou pelo simples fato, de que não conseguem dormir muito bem durante uma boa parte da noite. Parece que nosso cérebro fica ativo o tempo todo com sonhos, lembranças, pensamentos, preocupações. Mas... continuando sobre o café da manhã...</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Quando estava caminhando pelo corredor, escutei alguns sons, que vinham da cozinha. Achei isso muito estranho e exatamente por isso avancei mais rapidamente para a cozinha. Talvez ainda eu não estivesse suficientemente acordada. Ao girar a maçaneta, abrindo a porta, me deparei com <em>alguém...</em> Meus olhos se arregalaram, principalmente ao ver uma enorme mancha e respingos, que invadiram até mesmo, uma das paredes.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Reparei no café derramado pela cozinha e percebi que aquele <em>acidente</em> tinha sido bem <em>feio</em>. Olhei para a <em>certa pessoa</em>, que se encontrava na cozinha. Ela me lançou um olhar de decepção, devido ao <em>acidente. </em>Perguntei a ela, se queria ajuda. Ela agradeceu, porém recusou, pois me disse para tomar meu café da manhã, se não eu iria me atrasar para a escola. Apenas assenti com a cabeça. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Enquanto comia, fiquei observando quando ela passou a limpar o chão, com um rodo, acompanhado de um pano. Eu quase nunca a via com um rodo. Na verdade, praticamente não vejo ninguém passando um rodo no chão. Nem mesmo na televisão. Com tanta tecnologia, a grande maioria das pessoas acaba escolhendo os meios mais práticos para limpeza e acabam se esquecendo dos meios <em>antigos</em>, que às vezes continuam sendo mais <em>eficazes</em> do que os atuais. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Quando vejo pessoas com um rodo, geralmente são empregadas domésticas, ou pessoas que trabalham com a limpeza. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Acabei pensando em uma pergunta, que me pareceu um tanto curiosa: <em>Quantos jovens de hoje, já passaram pelo menos uma vez, um rodo no chão? </em></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Penso que, talvez muitos ou poucos. Uma vez, talvez a grande maioria já deve ter usado um rodo. Porém usá-lo várias outras vezes, é mais provável que a maioria dos jovens não esteja incluída. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">A única coisa que posso dizer, é que aquele rodo me fez pensar sobre a enorme aceitação do novo e o desprezo do que é antigo. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-19313394146302463702010-08-18T18:56:00.001-03:002010-08-18T19:06:26.154-03:00Provocadora imaginação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE_rl9ANz9CtpoipiAd3ROIvOBust46iXP1BbyT-2IDSFq5yhasd7VeKjh0-kkX1AqUi4b5IqeLgCIdMO1rnZSpgpl09dlV0eFXM3ISp0yY09KVHxioGNuuzDv-quhypApPswvkMYHUvk/s1600/de+maos+dadas%5B1%5D.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE_rl9ANz9CtpoipiAd3ROIvOBust46iXP1BbyT-2IDSFq5yhasd7VeKjh0-kkX1AqUi4b5IqeLgCIdMO1rnZSpgpl09dlV0eFXM3ISp0yY09KVHxioGNuuzDv-quhypApPswvkMYHUvk/s1600/de+maos+dadas%5B1%5D.JPG" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><em>Querido Amigo,</em></div><br />
<em>Não sei o que lhe dizer. Apenas gostaria de mostrar o que há por dentro de uma caixa escondida, num lugar tão profunfo, que nem mesmo a areia mais fina poderia tocar. </em><br />
<em>Entre as nuvens do céu, posso ver seu rosto. Sob a chuva, vejo seu reflexo. Com o vento sinto sua presença. Não sei o que há comigo. Talvez uma provocadora imaginação, que momentaneamente deturpa meus pensamentos, ou, talvez, só talvez, tudo o que vejo é tão real, que posso sentir da forma mais pura de um coração. </em><br />
<em>Tantos sorrisos. Tantos abraços. Brincadeiras de uma memorável infância. Às vezes me pergunto, o por quê sinto como se você estivesse tão longe, porém, ao mesmo tempo, tão perto. As contradições não me libertam, porém sem elas não vivo. O doce sentimento imaginativo não sou capaz de abandonar. Por trás das lembranças, talvez exista algo a mais, que não consigo enxergar, estando com os olhos vendados por meu engano. Algum sentimento disfarçado pode haver. Mas para mim, não é possível dizer. Apenas digo... Quero te ver ao entardecer.</em><br />
<br />
<em>Com carinho,</em><br />
<em> de sua...</em>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-80181488579306117002010-08-10T21:57:00.002-03:002010-08-10T22:04:25.245-03:00Cores de uma vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwNQ4mEylEJlUkqXAoQjZALSwosggpem7HtBDHcMjbiq1IUSTrXw-_3FsWzZJDBxXgrr3OcB8Id1fTOfE8W8OXGpkrDmYc-wDwPEwYZwHB1obsCrUOPAJCgyuj9roSzwAOSmRibZaIrT4/s1600/gama_de_cores.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" mx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwNQ4mEylEJlUkqXAoQjZALSwosggpem7HtBDHcMjbiq1IUSTrXw-_3FsWzZJDBxXgrr3OcB8Id1fTOfE8W8OXGpkrDmYc-wDwPEwYZwHB1obsCrUOPAJCgyuj9roSzwAOSmRibZaIrT4/s320/gama_de_cores.gif" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Um dia, apenas deixei meus olhos rolarem por todos os cantos, tentando captar o máximo de detalhes possíveis. Já que minha mente se encontrava mais vazia do que de costume, logo procurei arranjar algo interessante para pensar. Porém durante os primeiros minutos meus olhos fascinados por certas belezas, me impediram. Ao conseguir voltar ao <em>meu</em> mundo, consegui fazer com que os pensamentos trouxessem palavras e imagens para preencher minha mente, que ainda se encontrava deserta como um oceano sem peixes. <br />
Imaginei tudo ao meu redor com cores diferentes das quais se mostravam. Meus olhos provocaram uma ilusão à minha frente, que ao mesmo tempo era real. As árvores não eram mais verde e marrom. Estavam com uma cor rosada, fazendo-me lembrar de um enorme algodão doce. O asfalto se encontrava em um tom azulado e ao andar nele, parecia que havia água abaixo de seus pés. Dos prédios dançarinos como gelatinas, surgia lindas borboletas amareladas com pequenas manchas vermelhas. Fiquei abobalhada com a imagem que havia se formado diante de meus olhos. Parecia uma pintura, porém real e com minha presença. <br />
Esfreguei meus olhos. Deixei-os contemplando por poucos segundos a escuridão. No entanto, logo os abri e soltei um suspiro. Não sei dizer se foi de decepção ou alívio. Tudo voltou a normalidade de uma tarde de outono. Senti uma brisa fresca, me envolvendo de uma forma contagiante. O fraco brilho do sol iluminava a cidade, mostrando sua intensa beleza, que não precisava ser mostrada como uma ilusão. O seu natural era de uma beleza incomparável com a pintura formada por meus olhos.Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-61722963787274225392010-07-28T11:35:00.001-03:002010-07-28T11:37:17.642-03:00Enigmas Femininos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1367eHvHZcU_4MKn7TueiX3NzecDR91NjhInPdqcGP0wvgRGej_fUjRMiGXflyRPvr5kUPtOXP6biSMmyK2JMpP0_99tAU93PS92gZU_mQhkMS0qcE-R3_1YgawOMrRDpSqN24BeIv6A/s1600/beaute+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" bx="true" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1367eHvHZcU_4MKn7TueiX3NzecDR91NjhInPdqcGP0wvgRGej_fUjRMiGXflyRPvr5kUPtOXP6biSMmyK2JMpP0_99tAU93PS92gZU_mQhkMS0qcE-R3_1YgawOMrRDpSqN24BeIv6A/s320/beaute+1.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Dentre uma multidão barulhenta e irreconhecível com um simples olhar, inúmeras palavras essenciais para a vida de uma comunidade com desejos necessidades em comum. Uma comunidade com segredos escondidos por gerações e mentes incapazes de serem decifradas por sua comunidade oposta ou por membros "incomuns" dela própria, que não compreendem sua própria essência e buscam outros caminhos para não serem comparados com membros semelhantes.</span> </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Você já usou aquele novo creme capilar de óleo de amêndoas? - perguntou uma senhora loira, de estatura baixa, à minha mãe, que estava tingindo o cabelo. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">- Claro! Mas eu prefiro o outro que comprei da Dona Letícia. Ele deixa o cabelo mais macio. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Enquanto minhas unhas eram pintadas com uma cor que nunca havia visto na vida, eu tentava compreender os enigmas femininos. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Frisar, escova de chocolate, banho de luzes, esfoliação? Isso existe? Em que mundo eu estou? </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Essa linguagem complicada não é compreendida por meu cérebro, que não decifra certas atitudes e palavras do vocabulário feminino. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Minha querida, você gostaria de fazer californiana no seu lindo cabelo? - Dona Letícia me perguntou, com um sorriso convincente. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Meu olhar parou sobre o de minha mãe, que assentiu com a cabeça.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Por mim tudo bem. - dei um sorriso forçado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Chegando em casa, fui me olhar no espelho. Fiquei admirada comigo mesma. Nunca tinha ficado com o cabelo tão bonito e arrumado. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Gabrielle! Você vai usar o vestido preto com decote e a sandália de salto agulha? </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Minha cabeça começou a rodar.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Mesmo não gostando da roupa que minha mãe tinha arrumado para mim, vesti do mesmo jeito, porém reclamando o tempo todo. No fim, acabei colocando um vestido mais "adequado" para o meu gosto, uma sandália mais baixa e passei uma leve maquiagem em meu rosto.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Ao chegar à festa, vi todas as meninas enfeitadas e me senti um pouco envergonhada. Estava pensando em voltar para casa, então dei meia volta, sem olhar direito para trás e acabei esbarrando com um garoto lindo, com incríveis olhos castanhos. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">-</span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> Você está bem? - ele perguntou preocupado.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">- S-s-sim. - gaguejei.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele deu um doce sorriso, sendo convincente o suficiente para</span> <span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">me fazer <span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">ficar na festa</span> mais tempo do que <span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">antes </span>eu pretendia. </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-77702128901218251992010-07-27T12:16:00.000-03:002010-07-27T12:16:13.442-03:00Lanternas em meio a noite<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9yGCgapI_h0xWR6ERhDvFfIzwlDgaMI1n4DbLp9HXca_cGCEuocPSS6oxRN3C0tvrda1s10X913UX94cxuuVoxY8k7nA3FMWqACcItrc6LhY00tNPuBOQHK_gLkUGitSzvz8kVNLuZGc/s1600/484876718_79912d295d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9yGCgapI_h0xWR6ERhDvFfIzwlDgaMI1n4DbLp9HXca_cGCEuocPSS6oxRN3C0tvrda1s10X913UX94cxuuVoxY8k7nA3FMWqACcItrc6LhY00tNPuBOQHK_gLkUGitSzvz8kVNLuZGc/s320/484876718_79912d295d.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu estava escutando a chuva cair e escorrer pela janela do meu quarto. Estava deitada na cama, com os pés voltados para baixo. A atmosfera se encontrava calma, mostrando um perfeito lugar para ocupar um pouco do tempo para dormir. Meus olhos começaram a implorar para serem fechados e contemplarem o escuro. Segui suas ordens. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Escutei um estrondo. Pensei que pudesse ser um trovão, mas logo percebi que era pouco provável. Abri os olhos e me deparei com o escuro novamente. Fiquei assustada. <em>O que está acontecendo? Por que as luzes estão apagadas?</em></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Segui andando pelo apartamento. Tudo estava completamente escuro. Não escutei nenhum ruído, nem mesmo vozes ou passos. <em>Onde estão meus pais? Será que me deixaram? </em></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Imaginei que tivesse dado um apagão. Fui para a cozinha, para tentar achar uma lanterna ou uma vela. Encontrei uma vela, mas o fósforo não deu nem sinal de vida. Então desisti e resolvi procurar uma lanterna. Logo encontrei uma, com a cor verde florescente. Com certeza era da minha mãe. Não sabia por que ela guardava as lanternas na cozinha. Bem que podia colocá-las em outro lugar. Mas, isso não teve mais importância.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Andando pelo longo corredor, junto a lanterna, reparei que havia várias portas que estavam fechadas. Não entendi o motivo, porém não me atrevi a abrir. Voltei para a cozinha. Escutei um barulho da porta do corredor do prédio se fechando, fazendo um ruído medonho. Abri a porta da cozinha, que dava para esse corredor. Não vi nada. Também não fiquei assustada. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Caminhei para o meu quarto e vendo pela janela, reparei que havia pessoas com lanternas, no prédio em frente ao meu. Se não fosse pelas lanternas, não dava para enxergar nem sequer um carro. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">Havia até mesmo uma lanterna chinesa, que uma bela senhora estava segurando. As lanternas eram balançadas de um lado para o outro, fazendo um efeito com a luz, de forma incrível. Parecia que todas estavam sincronizadas, acompanhando o ritmo de uma melodia. <em>Estou sonhando? Será que estou acordada mesmo? </em></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Deixei a janela. Então escutei um barulho vindo da sala de estar. Me encaminhei para lá. Porém a porta estava fechada. Mesmo assim, dessa vez, abri sem medo. Meus olhos ficaram admirados com um grande brilho. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Surpresa!! Feliz Aniversário!! - todos da sala disseram. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-83926512266962234722010-07-26T13:49:00.002-03:002010-07-26T16:04:44.973-03:00Dia ensolarado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_D_mjWMEs0IR_EmknCIBMxtK60SgptNcNLbHDC1MzTXdp9NIeX4oXF1MmJx6A3AYL-k8CGGLOuyEqcUqDDuRv2YAutpBRw-sh72sm3SQTVdODH7lby7siLXRsiW8l-Zk_IvI2wKZ4SxA/s1600/blog+15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_D_mjWMEs0IR_EmknCIBMxtK60SgptNcNLbHDC1MzTXdp9NIeX4oXF1MmJx6A3AYL-k8CGGLOuyEqcUqDDuRv2YAutpBRw-sh72sm3SQTVdODH7lby7siLXRsiW8l-Zk_IvI2wKZ4SxA/s320/blog+15.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem nada para fazer. Apenas sentada em uma cadeira, com a cabeça apoiada em uma das duas mãos, que estavam sobre a mesa. Sentindo o fraco e gelado vento, vindo da janela da cozinha, tocar suavemente as maçãs de meu rosto. Fiquei apenas pensando em algum lugar, em que eu pudesse ir e fazer algo, para não passar o resto do dia confinada em casa, sozinha entre quatro paredes.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">O clima piorou e um intenso frio me atingiu e fez arrepiar cada parte do meu corpo, da mesma forma que ocorreu em um sonho que tive na noite passada. Com aquele frio, eu acabaria pegando um resfriado. Uma janela abriu-se rapidamente e fez um estrondo, que foi seguido do som do vidro se quebrando. Subi as escadas correndo, para ver o estrago. Meus olhos se arregalaram e meu coração disparou, porém logo senti como se meu sangue tivesse congelado e parado de circular pelo meu corpo. Inesperadamente, uma descarga de raiva parou sobre mim. Eu sabia quem estava por perto. Sentia sua presença e seu detestável cheiro, que afetava meu olfato e me causava certo mal-estar. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Em meio a uma chuva fina que invadiu minha casa, pude ver sua feição de tirar o fôlego. Sua beleza, principalmente seus incríveis e indecifráveis olhos azuis, faziam meu coração bater frenéticamente, de forma inexplicável, o que me irritava muito.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Quando voltei a ficar consciente, comecei a pensar no motivo pelo qual ele estivesse ali, olhando fixamente para mim, com olhos preocupados, entretanto havia algo diferente em seu olhar. Ele começou a andar em minha direção. Como não sabia o que fazer, apenas fiquei parada. Quando chegou bem próximo de mim, me olhou nos olhos e me deu um abraço. Essa atitude inesperada fez meu coração acelerar mais do que de costume. Senti meu rosto corar, pois sabia que naquele momento, ele estava escutando as batidas compulsivas e involuntárias do meu coração.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Se eu o detestava e tinha desprezp por seu cheiro, eu não podia ficar dessa maneira. Não compreendia o que estava acontecendo. Mesmo assim, o que eu mais queria naquele momento, era apenas permanecer em seus braços e sentir seu <strike>contagiante</strike> aroma, o qual, toda vez em que nos víamos, eu fazia o impossível para detestá-lo, porém meu esforço era sempre em vão. Estando abraçados, eu sentia sua respiração e seu coração pulsando de uma forma incomum.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Estava desnorteada com isso, entretanto, eu queria que esse momento nunca acabasse. Ao lembrar das diversas vezes em que conversamos e ele foi tão doce e amigável comigo, senti certa agonia e raiva de mim mesma, por ter tentado odiá-lo todo aquele tempo. Não queria sentir nada por ele, entretanto não devia ser antipática.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Enquanto fiquei perdida em meus pensamentos, não aproveitei aquele momento o suficiente. Logo ele começou a se afastar um pouco de mim, porém o puxei de volta e o abracei. Senti uma lágrima escorrer com delicadeza por minha face, provavelmente ainda corada. Cheguei bem perto de sua face esquerda, sentindo sua pele suave.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">- Me desculpe. - sussurrei, em seguida outra lágrima percorreu minha face.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Paul se moveu um pouco e olhou nos meus olhos molhados. Ele passou sua mão direita suavemente sobre as maçãs de meu rosto. Isso fez meu coração pulsar frenético outra vez, sendo que há pouco ele havia se acalmado. Instintivamente, eu procurei uma forma de esconder meu rosto, porém fui impedida pelo toque de sua mão em minha face. Paul ficou mais próximo de mim, então consegui sentir sua respiração bem perto do meu rosto. Logo seus lábios macios tocaram os meus, me fazendo esquecer de tudo que estava à minha volta. Percebi que eu estava me enganando o tempo todo. Ele era o meu <em>dia ensolarado</em>. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-31350944764343303622010-07-26T13:13:00.002-03:002010-07-26T16:06:55.179-03:00Entre estrelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioWGfpJCDzFWhcQePNG6BPJInQ1aYdSJAsUP1cxEbCu3QFfC9AZMIFkY3dIp9y8JvxQTrWGXqHKMk5tW0dVNCuay4BSJpP91n7hLt-dRpHCzIJ1CgPwsxFyZ4HomWaxfVYEuOkmO8xGLk/s1600/cxb.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioWGfpJCDzFWhcQePNG6BPJInQ1aYdSJAsUP1cxEbCu3QFfC9AZMIFkY3dIp9y8JvxQTrWGXqHKMk5tW0dVNCuay4BSJpP91n7hLt-dRpHCzIJ1CgPwsxFyZ4HomWaxfVYEuOkmO8xGLk/s320/cxb.bmp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Caminhando entre estrelas<br />
Seu olhar contempla<br />
A distante alvorada<br />
Que a pouco estava<br />
A iluminar<br />
A imensidão cristalina<br />
Sobre sua alma albina<br />
<br />
Entre as rosas vermelhas<br />
Vejo seu olhar<br />
Que ao encontro do meu<br />
Resplandece em meio ao luarDébora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-66262096667367232722010-07-26T12:57:00.003-03:002010-07-26T16:08:33.326-03:00Por que...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6FFtrl1cROdjZ8YaLYzQ8FaiTcpcxCLRllM5G6hld-JbqHFdGr5OPt2bXOOnbitlhBjqOfkadesxDGfAPybEoxX6Tf4pdN7CmO73Fb6fh1AvC4_j4zMUEzfDTVIFxMRW2_4xqsFRR560/s1600/olho+perfeito.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6FFtrl1cROdjZ8YaLYzQ8FaiTcpcxCLRllM5G6hld-JbqHFdGr5OPt2bXOOnbitlhBjqOfkadesxDGfAPybEoxX6Tf4pdN7CmO73Fb6fh1AvC4_j4zMUEzfDTVIFxMRW2_4xqsFRR560/s320/olho+perfeito.bmp" width="292" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que não me diz</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Que mesmo junto a ti</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Não reside a esperança</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas sim, talvez a cobrança</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Que em seu deleite</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Chora em prantos</span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-55121106302160249942010-07-26T12:33:00.001-03:002010-07-26T16:08:08.946-03:00Além dos meus olhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxbGmzeGJjoJd5UbQO13kpyiOBzX6dmiBC0TFm7XLHoHPs6S4jSyD-VuXCTrQaIUMss0RKEASmhGVOEpJKtM2E_p4C-ATn7CQ_ucJ7h76hncMLaCyYdnG-yQjOt5IvoIyy-7esPBcBGSM/s1600/blog+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxbGmzeGJjoJd5UbQO13kpyiOBzX6dmiBC0TFm7XLHoHPs6S4jSyD-VuXCTrQaIUMss0RKEASmhGVOEpJKtM2E_p4C-ATn7CQ_ucJ7h76hncMLaCyYdnG-yQjOt5IvoIyy-7esPBcBGSM/s320/blog+3.jpg" width="320" /></a></div>Após morrera morte<br />
O que será feito de mim?<br />
Irei pairar pela terra<br />
E amedrontar <br />
Os que me afrontam?<br />
<br />
Nenhuma luz<br />
Nem sequer expectativa<br />
Sem saber<br />
O que me espera<br />
No desconhecido<br />
<br />
Indo além do mar<br />
Sem fronteiras<br />
Que nunca conheci<br />
Nada além do que vejo<br />
Apenas poeira<br />
<br />
Uma doce voz<br />
Foi captada<br />
Por meus doentes ouvidos<br />
Não enxergava quem falava<br />
Porém a escutava com atenção<br />
<br />
Será que nesse alguém<br />
Apenas há lastima<br />
De um pobre condenado?<br />
Sendo proposital<br />
Ou um ser caridoso?<br />
<br />
Seus traços me guiaram <br />
Sobre a intensa escuridão<br />
Que como um velho coitado<br />
Nem sequer sabia<br />
Onde estava<br />
<br />
Sua voz me acalmou<br />
E assim pude<br />
Descansar em meu leito<br />
Sem temer o que não conheço<br />
Com a volta do manto negroDébora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-37498056868502435972010-07-26T12:11:00.002-03:002010-07-26T16:05:09.311-03:00Possível afeto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJiBR0fhWDuUNmFgrbOy4KfypZUNTWahMtbFZ3hBw5FS7SmlUatrKe274etuMZtOVbOpEhFut1OLdaahG6Fo-LQpMvcNM4uqIBLTicI18Bwn4vqNseHMijqN9DvnwfuLspIRj9TZ2n5QQ/s1600/pessoa-errada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJiBR0fhWDuUNmFgrbOy4KfypZUNTWahMtbFZ3hBw5FS7SmlUatrKe274etuMZtOVbOpEhFut1OLdaahG6Fo-LQpMvcNM4uqIBLTicI18Bwn4vqNseHMijqN9DvnwfuLspIRj9TZ2n5QQ/s320/pessoa-errada.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Se já não bastasse o barulho infernal, ainda tinha que acompanhar o garoto que teoricamente arruinou minha vida. Parecia maravilhado com a movimentação nas ruas e só me dizia coisas , que por mim eram consideradas irrelevantes e inconfundivelmente tolas. </span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Arial;">A cada passo dado aparentemente o barulho aumentava e começava a me ensurdecer. Me senti mal, a ponto de desmaiar e fiquei com uma vontade incontrolável de chorar. Sem dúvida estava acontecendo algo, mas eu não podia fazer nada. Era tarde demais.</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Arial;">Mal tinha percebido, que eu havia parado no meio do caminho e Paul estava me olhando apavorado e dizendo algo, que apenas depois de várias tentativas consegui entender</span></div><span style="font-family: Arial;">- Você está bem? - ele perguntou com um tom estranho em sua voz.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Balancei a cabeça em resposta.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Sua expressão se suavizou, porém seus olhos ainda estavam penetrantes e ainda preocupados. Algo me fazia arrepiar, entretanto, o ar estava quente e o céu estava como um mar sem peixes.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Senti uma intensa vontade de sair correndo, mesmo não sabendo para onde ir. Me desliguei do <em>meu </em>mundo por alguns segundos, pois Paul logo tentou chamar minha atenção e me encarou com seus incríveis olhos azuis cristalinos, como a cor de uma água oceânica, prestes a me invadir. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Involuntariamente o abracei. Nunca imaginei que um dia faria isso. Pensei que ele se afastaria de mim ou me empurraria delicadamente para não ser rude em um momento como esse, porém aconteceu algo surpreendente. Ele não rejeitou meu abraço, e sim me envolveu suavemente em seus braços e eu encostei minha cabeça em seu ombro, já que temos uma certa diferença de tamanho. Me senti segura e reconfortada. As lágrimas não deslizaram pelo meu rosto, pois fiz o impossível para segurá-las. Tinha que ser forte e não ficar frágil como um vidro, que se derrubado, se quebra em mil pedaços.</span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Nunca pensei que Paul iria fazer algo assim, talvez como uma demonstração de afeto ou de que eu tivesse alguma importância para ele. Apenas aproveitei o momento, porém, talvez, eu estava delirando demais, ao pensar nessas possibilidades. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-65251162845335628732010-07-26T11:44:00.001-03:002010-07-26T16:42:32.106-03:00Sonho ou realidade? [Parte 3]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_EyfY4BdEM5oOZdgoxeD9R53Dz1_YrXxXtuNMM7KJSkMoaGakBFZ5WV5antDRtgPp_tRjlNtbrqy8ZXqw2B_UZiyo-Aq6Hi_KfWuHlyiDIi255V0n7FRTVeUTf9DEacvz1U2pPnpb5Q/s1600/floresta-negra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_EyfY4BdEM5oOZdgoxeD9R53Dz1_YrXxXtuNMM7KJSkMoaGakBFZ5WV5antDRtgPp_tRjlNtbrqy8ZXqw2B_UZiyo-Aq6Hi_KfWuHlyiDIi255V0n7FRTVeUTf9DEacvz1U2pPnpb5Q/s320/floresta-negra.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando senti um enorme peso sobre meu corpo, já havia compreendido que eu já estava em meu maior pesadelo. Aos poucos consegui enxergar o que havia naquela imensidão. Percebi que havia algo que brilhava, e sendo assim, de um tanto me hipnotizava. Segui em direção as profundezas, até que me deparei com algo surpreendente. O fundo era constituído por um infinito e espesso tapete de diamantes, que mostravam sua beleza com intensidade. Estando impressionada e ao mesmo tempo incrédula, me senti obrigada a tocar naquele tapete. Com um simples toque, a palma de minha mão tornou a arder e uma pequena mancha vermelha passou por mim. De forma inesperada, vultos negros apareceram e passaram a girar à minha volta, tornando meu pânico ainda maior. Ao pararem, consegui definir suas formas, que pareciam as de um ser humano normal, mas continuei acreditando que as aparências enganam. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Um garoto que estava entre aqueles seres, se aproximou de mim, me deixando imóvel e tocou suavemente meu rosto. Seu toque foi tão suave que parecia o vento inexistente me acariciando. Seus olhos avermelhados me lembraram da dor de ser acorrentada por uma árvore. Logo apenas pude ver uma escura imensidão. O fim estava à minha espera, preparado para me acolher.</span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Ao abrir meus olhos, a luz do sol e o canto dos pássaros, me acordaram para a realidade. Me senti aliviada por ter sido apenas um terrível pesadelo e por estar viva. Levantei para seguir pelo caminho do qual sabia que deveria seguir. Entretanto, nesse exato momento, senti a palma de minha mão arder fortemente. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-59690354250696293892010-07-26T11:31:00.001-03:002010-07-26T16:42:14.975-03:00Sonho ou realidade? [Parte 2]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQBcTN9D1eeh79AKDhKwDekCRbZZjAPkZxy4MKmt1xxL7sW8iHdXn_J2sUdVPHjByj6HmivhVEjNI1hI4-PjCl1SHSMbXjmTW9Pzl8UspZnQMg8pE-xUatHT5XQ84UtqjLwKSwZT5pzqI/s1600/floresta+negra.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQBcTN9D1eeh79AKDhKwDekCRbZZjAPkZxy4MKmt1xxL7sW8iHdXn_J2sUdVPHjByj6HmivhVEjNI1hI4-PjCl1SHSMbXjmTW9Pzl8UspZnQMg8pE-xUatHT5XQ84UtqjLwKSwZT5pzqI/s320/floresta+negra.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um determinado momento, desisti de tentar enxergar com clareza, portanto encostei em uma árvore que estava próxima, já que estava muito cansada. Nesse exato momento vi um vulto negro passando rapidamente por mim. Meus sentidos se alarmaram e o pânico me invadiu. Ouvi o uivo de lobos, ecoando dentro da floresta. Em uma fração de segundos, meu corpo foi puxado com violência para mais perto da árvore. Eu estava sendo impedida de me mover, pois estava acorrentada por algo que não consegui definir. Cada vez mais ficava mais difícil respirar e devido a isso, não tinha força para me libertar das correntes que me sufocavam. À medida que meu ar escapava, a escuridão me inundava. Quando pensei que o caminho entre os espinhos estava à minha espera, me senti sendo atirada de forma brusca no chão. Um fraco suspiro de alívio foi solto por meu corpo, que no momento estava um tanto debilitado. Com as mãos encostadas na terra úmida, senti um intenso frio que passou a me dominar. </span></div><br />
<span style="font-family: Arial;">Ainda com os olhos fechados, ouvi o som de passos cautelosos e uma respiração ruidosa. Logo um silêncio intenso pairou, porém por poucos segundos. Ao erguer minha cabeça e abrir meus olhos, que naquele momento lacrimejavam, devido a dor, vi a imagem embaçada de algo que estava à minha frente. Quando consegui enxergar de forma nítida, tornei a ficar imóvel. O sangue em minha veias havia parado de circular e o ar passou a escapar. Haviam três lobos enormes, com seus amedrontadores dentes e olhos avermelhados. Conseguia sentir suas respirações próximas a mim e talvez tinha decifrado, com um rápido raciocínio, o que estava escrito em seus olhos. Logo, o calor voltou ao meu corpo, portanto levantei-me rapidamente e passei a correr, mesmo estando debilitada.</span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Como havia imaginado, os lobos estavam atrás de mim, correndo com uma veloz rajada de vento. Mesmo tentando me concentrar para ver aonde eu estava indo, não consegui, pois meus pensamentos se dispersaram, me fazendo voltar a frustrantes acontecimentos. Parecia que era proposital. Havia algo ou alguém que estava fazendo isso comigo. Essa tortura não parava, até que senti algo que me segurou e fez meu coração se descontrolar. Em um segundo, quando vi, estava no ar, em cima de um rio obscuro, do qual estava prestes a cair. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-70967606362962807242010-07-26T10:57:00.003-03:002010-07-26T16:41:58.362-03:00Sonho ou realidade? [Parte 1]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEGv_WQXcEM2hyphenhyphenk9tpiQjaOrQFm94DwBOeX2ewzhtc-mr5-kU8btZ-Do62BejBfdh8fFjdLmTzREIbpRBJy-huaQUsdrOIOmBTp2BEvbDbGCnGXXVOQBKZNcik-GnRcWg7Du9r_zscNio/s1600/floresta20negra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEGv_WQXcEM2hyphenhyphenk9tpiQjaOrQFm94DwBOeX2ewzhtc-mr5-kU8btZ-Do62BejBfdh8fFjdLmTzREIbpRBJy-huaQUsdrOIOmBTp2BEvbDbGCnGXXVOQBKZNcik-GnRcWg7Du9r_zscNio/s320/floresta20negra.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A fria imensidão que me rodeava, estava dominada pelo silêncio. Caminhando sobre a grama molhada por gotículas cristalinas do anoitecer, escutava meus próprios passos, meus tênis roçando no tapete esverdeado, além de ouvir o som do profundo vazio, em um lugar tão complexo, entretanto, ao mesmo tempo tão simples e sereno. Ao passo que ia seguindo um caminho sem volta, o sono traiçoeiro tentava me dominar. Estava ficando cada vez mais difícil continuar sem rumo. Após uma intensa batalha que ocorreu dentro de mim, finalmente deixe-me ser invadida por meu inimigo, caindo num sono profundo, encostada a uma árvore úmida pelo sereno. </span></div><br />
<span style="font-family: Arial;">Iniciou-se a sessão de cinema. Após um período de cegueira, imagens começaram a aparecer. Parecia que eu estava na mesma floresta, na qual eu havia dormido, porém eu estava acompanhando o início da alvorada. Mais uma vez tornei a caminhar. Percebi a diferença entre meu antigo mundo e o que no momento eu estava. Tudo parecia bonito e iluminado, era normal, porém não era um ambiente que deixaria qualquer um sem ânimo ou que as faria começar a ter alucinações.</span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Fiquei imaginando se me depararia com um monstro gigante ou talvez com personagens de filmes de ficção ou coisas do gênero. Mas depois de tanto caminhar e ver que não havia nada além de plantas e um riacho, não havi nem sinal de animais ou mesmo pessoas, fiquei decepcionada. Mas ao menos estava soziha, não havia ninguém para me incomodar, nem dizer o que devia fazer ou não fazer ou que invés de ficar em cima de livros, deveria sair o tempo todo. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Continuei caminhando entre as árvores, sentindo meus pés andarem sobre um solo, do qual não sentia firmeza e que parecia que a qualquer momento eu afundaria. O tempo foi passando e minha agonia foi aumentando. Sem sinal de vida por onde passei. Parecia que eu estava dentro de um filme de terror. Senti meu estômago reclamar e meu corpo começar a fraquejar. Mesmo me sentindo exausta, não parei sequer um segundo de caminhar. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Pelo que deduzi já haviam se passado horas, pois na floresta já estava relativamente escuro e tudo estava numa intensa neblina, impedindo que eu conseguisse ter uma melhor visão, de onde eu estava. </span>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-28401135835533333362010-06-11T22:20:00.005-03:002010-07-27T10:11:40.355-03:00Pensamentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorGcvE9B9MBJ7wFDPg5WA3hScDSjqrj6C0Bfl5eSyo6HarOf8IJjXbOMvuUB0pMUr4IqWw5K6MebSRg5NYOY_XCuhT1urqFwB4SFziMPa3omQ8oqd0us6pDoRihEF4oUfRjLXQoZy2vo/s1600/pensativa21%5B3%5D.jpg" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481699787666222962" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorGcvE9B9MBJ7wFDPg5WA3hScDSjqrj6C0Bfl5eSyo6HarOf8IJjXbOMvuUB0pMUr4IqWw5K6MebSRg5NYOY_XCuhT1urqFwB4SFziMPa3omQ8oqd0us6pDoRihEF4oUfRjLXQoZy2vo/s320/pensativa21%5B3%5D.jpg" style="float: right; height: 225px; margin: 0px 0px 10px 10px; width: 290px;" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><br />
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<div align="left"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Pensar é algo que pode ser bom, mas ficar perdida em pensamentos em muitos momentos, já não poderia dizer que é algo bom. Ás vezes as criações feitas por nossa imaginação servem como forma de escapar do louco mundo, do qual vivemos. </span></div></div><div align="left"><br />
</div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Presenciamos e vivemos bons momentos, damos grandes sorrisos e sentimo-nos como se estivéssemos abraçados pela sorte. Porém a momentos em que tudo parece tão irreal, mesmo sendo o que dizem ser concreto e verdadeiro. Lágrimas percorrem por nossas faces, desempedidas, ou tentam aprisioná-las. Ás vezes nos sentimos sozinhos e nos perguntamos "Por que as coisas tinham que mudar?". Quando determinadas coisas ocorrem, nos revoltamos, mostrando a raiva que percorre viva em nossas veias, choramos, gritamos e ficamos inconformados. Mas também há aqueles que simplesmente aguentam a dor em silêncio, já que às vezes não querem compartilhá-la com ninguém, pois não querem que se preocupem ou talvez pelo fato de não terem alguém que possa te ouvir e ficar do seu lado. </span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Marcas de dor e de tristeza permanecem, mas as marcas de grande alegrias ou até pequenos momentos que nos fizeram muito feliz, que nos reconfortam, também ficam marcados para sempre, e estes podem ser aqueles que serão mais um dos motivos para estarmos aqui e seguirmos nossa caminhada, que às vezes pode parecer inútil e insignificante, entranto ela é algo de precioso, que não se pode desperdiçar. </span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossos pensamentos podem ser guardados apenas para nós mesmos, mas também podem ser expostos. Neles estão nossos segredos, opiniões, lembranças e medos. Talvez neles estejam o nosso eu verdadeiro, que algumas ou muitas vezes, acabamos ocultando-o, talvez por medo ou vergonha. Mas se quisermos, apenas com um simples ato podemos expressar da melhor forma nossos pensamentos. </span></div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1286342197343677720.post-25256327083725238562010-06-04T12:22:00.005-03:002010-07-27T10:12:03.151-03:00Eternidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfexpGtKLsxDamfifg4Z4QW1wOGTlFz17awhLz2mveSfxXrT-OMxFvj4dDlR3jMzzOeD3p1cDu71a09JFMVr8D1_55Q0fSMeUiEsRMQq03upSBMXCsYJ4FVj3W19UyzroENE4QWBKtHHU/s1600/eternidade.jpg" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478941356456901618" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfexpGtKLsxDamfifg4Z4QW1wOGTlFz17awhLz2mveSfxXrT-OMxFvj4dDlR3jMzzOeD3p1cDu71a09JFMVr8D1_55Q0fSMeUiEsRMQq03upSBMXCsYJ4FVj3W19UyzroENE4QWBKtHHU/s320/eternidade.jpg" style="float: right; height: 272px; margin: 0px 0px 10px 10px; width: 275px;" /></a><br />
<div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A distância nos separa e as letras ao redor, não me fazem cair em um leve sono. Apenas estando perdida em pensamentos indesejáveis, a dor aumenta causando um intenso tormento inquieto, que transparece ao olhar para a feição dos que acabaram de chegar.</span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Suas cartas foram rasgadas e deixadas para trás, para que o vento levasse seus pedaços. Com isso comecei a perder o medo de me encarar em frente ao espelho e atravessá-lo se necessário. </span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div align="left"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo vai passando e tudo ao redor envelhece, porém nunca perde o brilho, nem mesmo seu sorriso encantador. Apesar de um dia partir, o vento sempre lembra de soprar seu nome, deixando sua marca pela eternidade. </span></div>Débora Jeronymohttp://www.blogger.com/profile/10017141844936327771noreply@blogger.com0